sábado, 23 de novembro de 2013

Golfe e nudismo serão compatíveis? Não me parece.



Em S. Paulo, Brasil, abriu um campo de golfe exclusivo para nudistas. De acordo com a notícia (Golf.esp.br) trata-se de um campo executivo (???) de apenas 6 buracos (será para dizerem "Vamos a uma rapidinha?"). Pode ser que no Brasil a coisa pegue, atendendo não só ao clima mas sobretudo à saudável aversão brasileira ao uso de cintos, suspensórios e a quase tudo que os impeça de “soltar a franga”.
Vejo com alguma dificuldade a coisa ter sucesso no nosso país, no que toca aos nativos ibéricos. Primeiro que tudo, o andamento do jogo ficava comprometido: no caso de se tratar de uma parelha mista, de caras que o jogo acabaria muitas vezes por atrasar-se, com os mais atiradiços a mandarem bolas propositadamente para o meio do mato e a pedir ajuda para procura-las. Já numa formação masculina não estou a ver um jogador ter a ajuda desinteressada de um parceiro para procurarem juntos uma bola perdida no mato denso ( bocas como “Vai lá vai!!!”, ou “Eh pá, foi assim que a Alemanha perdeu a guerra!” seriam mais que muitas).
Aliás a linguagem do golfe ficaria alterada no seus significados com esta bizarra modalidade, ao ser subvertida pelo uso e abuso de duplos sentidos, alguns brejeiros outros a roçar a boçalidade: “Ena, que buraco tão comprido!”, “Marquem as vossas bolas, faz favor”. Então e a conversa nos greens? Certamente passaria a ser ainda maior factor de desconcentração, sempre que, como já é muitas vezes, se referissem à bandeira como o pau: “Segura aqui”, “Podes tirar para fora”, etc. etc.
Com certeza haveria também alterações das "golf shop". O negócio da roupa desaparecia (só se algumas camisinhas...) e para compensar talvez apenas o aumento das vendas de cremes protectores e repelentes para mosquitos.
Mas o que fazia com a moda não pegasse, pelo menos comigo, é o hábito que tenho de levar uma segunda bola para o tee, "just in case". Onde é que raio a metia eu?

Sem comentários: