sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Perus? Parecem mais galinhas fracas!


Desta vez foram eles a escolher. Decidiram-se pelo Campo Real, um percurso cheio de buracos armadilhados, greens difíceis e, sobretudo, longe do Algarve. Mas lá foram os 4, noite cerrada, a caminho de Torres Vedras, determinados a manter a invencibilidade algarvia. O Heart-ista até viajou com edredon e almofada, pois desde os tempos de caçador que não se levantava às 5 da manhã. Recebidos com a boa disposição que é apanágio destes parceiros da capital, fizeram-se ao campo Heart-ista e Juiz na frente e Alô Sorvete com o Pato na sua peugada. O Pato andou a dormir até ao buraco 5 (furou os 4 primeiros) e o Alô Sorvete também parecia que ainda vinha de pijama em vez de fardado de Ninja. Em 5 buracos levavam 9 pontos de atraso. Mais por demérito dos adversários que não pareciam estar melhor dormidos, lá conseguiram equilibrar as coisas e terminaram a 1ª volta com apenas 1 ponto de desvantagem, tal qual a dupla Juiz/Heart-ista. Uma longa paragem no 9 para um salto ao Clubhouse e mamar uns pregos e umas imperiais rebentou de vez com o Pato e o Alô Sorvete, que se afundaram na segunda volta e chegaram ao 18 a perder por 5 pontos (o Pato acabou com uns ridículos 18 pontos e o Alô Sorvete com 23!!!). Pelas informações ali recebidas o match estava perdido para as cores da moirama. Enquanto se iam fazendo as contas, o Pato já com mais vontade de levantar a bola do green do que de "patar", descontraído e sem saber da importância de um "putt" difícil de quase 2 metros, acabou, por isso mesmo, por "enfardá-lo"! Para grande surpresa do Pato e do Alô Sorvete, só depois se verificou que a primeira dupla terminara com 6 pontos de avanço. Aquele putt, a única coisa que o Pato fez bem feito toda a manhã, acabou por ser decisivo para a vitória. Ainda bem que ele não desconfiava que valia o almoço, ou ainda lá estaria a tentar meter a bola.
Mas o melhor estava para vir: um grande almoço, num sítio que não resistimos a aconselhar: fica no Turcifal (perto do Campo Real) e a casa chama-se Quinta de Fez. Vale a pena visitar. Gente do mais simpático possível e uma cozinha sensacional. Entradas excelentes, com realce para o folhado de queijo de cabra com mel e para o polvo panado. Depois um empadão de bacalhau e camarão, simplesmente delicioso e com uma consistência cuja leveza demonstra uma grande sabedoria culinária. Seguiu-se uma esplêndida vitela grelhada, fatiada de uma forma muito profissional e excelente no tempero. Encerrou um sortido de doces da região, qual deles mais guloso.
As bebidas estiveram ao mesmo nível ou até superior, Abriu um belíssimo espumante rosé Quinta das Bageiras. Passou-se a um surpreendente e desconhecido Dão tinto - Chão da Quinta. Quem soubesse o seu preço não acreditaria que pudesse preceder o que a seguir viria:Reserva Ferreirinha de 1991 e 1993 e um Barca Velha Magnum de 1995. IMPRESSIONANTE! Com os cafés uma de "Famous Grouse" envelhecido em cascos de Vinho de Porto.
Receber melhor deve ser difícil.
Bem hajam os nossos amigos perus mas, desculpem lá,estamos de acordo com o Juiz: têm mais ares de Galinhas de Angola!

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