sexta-feira, 16 de março de 2012

Juiz imita Chavez


Escaldado do match de terçafeira, o Juiz aprendeu a lição e, à semelhança do que o Chavez fizera, preparou tudo em detalhe para recuperar da derrota, desde a escolha do campo (Pinheiros Altos) até à utilização de novas técnicas e velhas tácticas.
Foram, a saber, quatro os estratagemas:
1. Tratando-se do aniversário do Patinha, fez com que o telefone do mesmo não parasse de tocar, desestabilizando o Furioso, o seu adversário de esfola de 1ª categoria e companheiro de buggy do aniversariante.Foi assim que cerca de meio milhar de chamadas foram recebidas durante os 18 buracos.Até de Hong Kong vieram mais de vinte! De Almodôvar, terra natal do Patinha, chegaram parabéns às centenas (parece que o Juiz anunciou o aniversário no "Diário do Alentejo" e pediu aos padres para divulgá-lo nas missas da manhã).Mensagens de Espanha, onde jogaram o Albatroz, o Gavião e o Pardalinho da Murta, trouxe-as o Pato, por mão própria.
2. Aumentou a dosagem dos comprimidos para os triglicéridos, cujo efeito secundário é uma torrencial flatulência. Dada a proximidade do aeroporto, julgaríamos que eram os foguetes de espantar as aves nos períodos de aterragem das aeronaves ou, como o próprio quis fazer crer, caçadores furtivos no Ludo.Catorze foram os shotes ao green falhados pelo Furioso por esse motivo (desde caróques a "slaiçadas").
3. Implicou com os dropes do Furioso, obrigando-o a uma pose de juramento de bandeira na Mocidade Portuguesa.
4. Finalmente, aplicou um repelente nos buracos dos greens para as bolas do Furioso, que quando iam a entrar faziam autênticas gincanas e fugiam do buraco (segundo o Furioso, nada exagerado nas suas apreciações, só nos primeiros 9 buracos, foram 12 dessas!)
Porém "tudo está bem quando acaba bem". E tudo terminou numa grande jantarada na casa do Juiz (deliciosa lebre com feijão, feita pela sua cozinheira e "house&dog keeper"), rematada com a épica partida do Sporting em Manchester, vista em écran panorâmico, na sala multi-serviços da sua mansão, onde tudo está pensado para passar uns bons bocados, desde a estereofonia e cinemaescope até a confortáveis poltronas, cheias de truques, para visitas especiais.
Não falamos das bebidas, pois não há estrelas suficientes para as classificar: desde o champagne aos digestivos, passando pelo tintol, era tudo de primeira classe.
No que me toca, 30 euros, incluindo "green fee" e buggy, jantar e bar aberto, até nem acho caro.

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