Na Idade Média, num local ermo chamado “Albur” (cujo significado é campo inculto) vivia um Juiz e o seu filho.
O Juiz teve como cognome “o Esfolador” Na realidade, naquela cidade os seus ancestrais habitantes bem se tinham de esforçar, trabalhando para si e para pagar o pesado imposto da quarta parte do que produziam ao Juiz.
Os Juízes da altura não tinham tempo para aprender nem achavam alguma utilidade nisso. Também não havia escolas para eles. Eram analfabetos, o que interessava era saber cavalgar, vestir uma bela armadura, conquistarem belas damas e se divertirem.
Não precisavam ler ou escrever para julgarem qualquer cidadão ou animal, a justiça fazia-se nas praças, cortando-se a cabeça aos presumíveis culpados, sejam eles pessoas, galinhas, patos ou qualquer outra ave.
Porém, este Juiz tinha um filho, homem letrado, que pretendia aprender esse belo ofício de ajudar os outros. Para ter a autorização para exercer esta nobre profissão necessitava que o Homem Bom da terra não lhe criasse dificuldades.
Este Homem Bom era uma pessoa calma, consciente, impoluta( poderia passar um dia inteiro a adjectivar as qualidades deste homem e ainda ficariam muitas por dizer).
Um determinado dia o Juiz entendeu que necessitava de mais moeda, mas não podia “esfolar” mais a pobre população. Assim, para mostrar à população que era um homem justo e que o dinheiro deveria ser distribuído pelos mais capazes, organizou um jogo medieval entre a população da terra, controlando o Juiz o campo e as regras do jogo, em que a população( Incluindo as galinhas, Patos, Galinholas,Flamingos Gaviões, Albatrozes) entravam com um tributo, e o vencedor dos jogos recolheria o dinheiro de todos.
Esta organização atribui-lhe posição de relevo no panorama regional.
No dia dos jogos, uma sexta-feira, 16 de Abril, o Juiz deparou-se com o Homem Bom da Terra que também participava nos jogos.
Nesse momento, a sua consciência parecia uma balança, de um lado o seu filho com um papel na mão, do outro o próprio Juiz com umas notas na mão.
Cenas do próximo episódio:
Vai imperar a razão ou a natureza?
Quem cairá da balança?
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