segunda-feira, 28 de junho de 2010

Diabo armado em Santo? Vais à tesoura vais!



Sem falsas modéstias, cheguei mesmo a acreditar no Sábado em Benamour que iria alcançar o prazer de sentir, pela primeira vez (tirando alguns almocitos que já papei), a sensação de receber o produto líquido de uma esfola. O prazer seria empolado pelo facto de estar a jogar na companhia do implacável juiz (de quem, humildemente, recebo inestimáveis ensinamentos), contra o Swing Zen e Pato Louco. Jogar com o Juiz dar-me-ia o conforto de não ter que me esforçar demasiado para concretizar este meu sonho de criança. Jogar contra o Swing-Zen (e ganhar) dar-me-ia alguma notoriedade no mundo do golfe, pois ao jeito de “Young Guns”, ganhar a bandidos tem sempre mais impacto e respeitabilidade do que vencer gente séria. E por falar em gente séria, jogar com o Pato dar-me-ia a certeza de que me divertiria (estava preparada a bola de farinha que intencionalmente forneci ao Juiz que não hesitou em destiná-la ao Pato), pois a sua descontracção e amabilidade em campo sustém qualquer desatino que um mau shot possa provocar.

Não podia estar mais enganado naquela fatídica manhã solarenga, cujos sinais, que não deveria ter ignorado, antecipavam um belo dia de praia. Vai daí, e após 5 (e não 3) buracos jogados ao mais alto nível pelas duas equipas (incluindo, para meu espanto, eu próprio), a desgraça abate-se sobre os relvados de Tavira e… ZÀS, os quatro parvos desclassificados. Pois é, má organização dirão alguns, falta de aviso, dirão outros, mas a verdade é que a culpa foi, acima de tudo, NOSSA por não termos cuidado sequer de olhar o malogrado cartão onde ser encontrava escarrapachado o veredicto. Paciência!!! Vivendo e aprendendo.

Resultado, o meu sonho morreu ali mesmo naquele momento. O Juiz, esqueceu o seu estatuto, e falhou shots que nunca tinha tido o desprazer de o ver falhar; a juntar à festa, e em manha concertada, o Swing Zen fingiu entristecer com o sucedido, e até parecia ter-se esquecido de quão Zen swinga, não sem antes garantir que o Pato (que afinal só é louco na alcunha) segurava as pontas à esfola; E numa ardilosa estratégia bem esgalhada lá foram, buraco a buraco, salvando a manhã. E salvaram-na mesmo, perante um moribundo juiz e um diabo que o carregou às costas até perder as forças;

Paciência, mais uma vez!!! No caso do Juiz, dirá, não se pode ganhar SEMPRE. No meu, direi, não se pode ganhar AINDA.

Ah! Apenas uma nota para o Pato: essa conversa de cortar o handicap do rapaz não é de todo justa, uma vez que Vexa., quem ele (ainda) muito preza, jogou com os mesmos pontos… e bem sabemos que não há nada de correcto nisso. Caso para dizer que NÃO PODEM VER UM POBRE DE CAMISA NOVA!!!

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Comentário
Apenas uma nota para o Diabo. Escrita sedutora... mas não te safas!

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