Não deixa de ser um facto que nos últimos tempos a economia esfola têm vindo a ser dominada pelos YE-YE (Young Esfolas). Se atentarmos nos resultados alcançados pelo Furioso e pelo Flamingo (não esquecendo os, embora duvidosos, resultados do Coelho e do Diabo), podemos concluir que as gerações mais novas do Esfola estão a impôr-se. Basta referir que quer o Flamingo quer o Furioso têm no seu historial competitivo recente uma percentagem de jogos com mais de 30 pontos acima dos 60%, enquanto, por exemplo, o Juiz e o Taliban rondam os 50% (só para referirmos dois dos mais consagrados séniores do grupo, porque se formos ao Heart-ista ele não atinge os 50% e no caso do Pato esta percentagem ronda os 40%).
Estamos pois assistir a um movimento contrário ao da sociedade contemporânea extra-esfólica, e que ameaça ser um "case study", onde as gerações mais velhas andam a "descontar" e as mais novas a "contabilizar". Esta transformação no tecido sócio-económico esfola deve ser analisada com atenção pelos decisores do nosso clube, pois não podem ser as gerações passadas a ter que sofrer com a voracidade destes abutres juvenis, que constantemente e a seu bel-prazer fazem baixar o rating dos esfolas mais velhos, delapidando o seu património, acumulado ao longo de anos de muito sacrifício.
Patocheco Pereira
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